Nem deu tempo de ficar ali no cantinho "O que estou lendo". Acabei de ler hoje "O Doador de Memórias" de Lois Lowry, e aqui vai a minha resenha pra vocês. [AVISO DE SPOILER]

Título: O Doador de Memórias (The Giver)
Autor: Lois Lowry
Editora: Arqueiro
Nota: 
Sinopse: A história se passa no futuro, em uma sociedade utópica, e conta a jornada de Jonas, que está prestes a completar doze anos, idade muito importante na sua comunidade, pois é quando descobrem que cargo ocuparão pelo resto de suas vidas. Para que tudo seja perfeito nessa sociedade, os cidadãos perderam o direito de escolha, quem toma todas as decisões é um comitê de anciões.
Na cerimônia desse ano, o ano em que Jonas descobre qual sua atribuição, a Chefe dos Anciões chama Jonas no palco (depois de todos os outros que estavam completando doze anos) e anuncia que ele será o novo Receptor de Memórias. Há apenas um na comunidade, o Doador, que guarda todas as memórias do mundo, porém, como ele já se encontra idoso, o cargo deve ser passado para outra pessoa e o escolhido foi Jonas.
Com essa nova responsabilidade, o menino descobre diversas coisas novas e percebe o quão questionável é o sistema em que vive.




"O Doador de Memórias" de Lois Leroy, foi a leitura mais rápida que eu já fiz (só entra na briga com "Em Chamas"), ambas duraram menos de 24h, sim, isso mesmo, um dia.
Essa foi fácil e gratificante. A redação de Lois te faz entrar rapidamente no mundo da Mesmice e você consegue se imaginar lá, vendo tudo em tons de cinza e as pessoas andando em volta de modo mecânico, uma sociedade utópica.
Eu, particularmente, sou fascinada por distopias. Esse gênero é o meu favorito, de longe. Amo essa ideia de imaginar o futuro, saber o destino de certas pessoas - talvez de futuras gerações - mesmo que não seja real.
Em "O Doador de Memórias" o futuro dessa comunidade em questão é triste, e nos faz refletir. Será que, enquanto ainda pode, a sociedade está fazendo as escolhas certas? 
Acompanhar Jonas nessa fase de descobertas é emocionante. Sentir o que ele aprende a sentir... Ele se tornou meu personagem favorito, seguido do Doador. Aquele é jovem e não tem medo de sentir intensamente e questionar o lugar e o sistema em que vive. 
O Doador é compreensivo e gentil, qualidades que você não espera de uma pessoa com tantas lembranças ruins de dor e agonia, mas ele deixa isso de lado e ama e ensina Jonas da melhor maneira.
No final, eu fiquei com gostinho de quero mais. Gostaria mesmo de saber qual a continuação da vida de Jonas, junto com Gabriel, que se tornou um irmãozinho, sua responsabilidade, no mundo novo e colorido que ele encontrou. 
Deem uma chance para o livro, tenho certeza que não vão se arrepender.

Comentários Livro X Filme
O filme "O Doador de Memórias" será lançado dia 11 de setembro, pela Paris Filmes, por todo o país. O que eu percebi, assistindo aos trailersconteúdos já lançados é que: há muita coisa diferente.
Mas eu estou OK com isso. Sinceramente, no mundo que Lois Lowry criou cabe em diversas oportunidades de abordagem, não necessariamente com o roteiro sendo idêntico ao livro. Se o filme é "baseado" no livro ao invés de "adaptado" tenho motivos pra ficar feliz.
Eu entendo a dificuldade de fazer um roteiro de adaptação para o cinema (vou trabalhar com isso pelo resto da minha vida) e raramente culpo os roteiristas, diretores e afins por uma adaptação diferente da que esperávamos.
Sim, eu digo uma adaptação diferente, porque, ao lermos, construirmos todo aquele mundo na nossa cabeça. Ao assistirmos a um filme, o mundo que vemos é o que o diretor e o roteiristas imaginaram. Ali, pronto para nós. Por isso aconselho sempre a lerem antes de assistirem ao filme. É muito melhor ter duas visões de algo, do que apenas uma.
Além disso, no processo de se fazer um filme, há toda aquela história de marketing: o que vende mais? Adolescentes sobrevivendo em um mundo utópico ou uma criança descobrindo inúmeras coisas novas? Pois é.
Estou fazendo toda essa preparação, porque vou falar aqui de quatro mudanças que eu percebi.
Em primeiro lugar, Jonas não tem 12 anos. Ahhh mas é nunca que o Brenton Thwaites, gostoso daquele jeito, vai aparentar ter 12 anos. Muito menos Odeya Rush (Fiona) e Cameron Monaghan (Asher) que também deveriam aparentar ter a mesma idade.
Depois, vai ter mais ação e intrigas. Aquela pequena discussão entre Jonas e Asher no livro, que logo acaba com um pedido de desculpas; no filme vai ser mais profunda. Maryl Strip cobra hauahauaha
Terceiro, haverá a história de Rosemary, em destaque. Escolheram a MARAVILHOSA da Taylor Swift para interpretar esse papel, que, na minha opinião, é bastante importante na história. Fiquei feliz em saber que os roteiristas também acharam.
Em ultimo lugar, mas não menos importante: romance. No livro, Jonas tem Atiçamentos, já no filme rola beijo (se não mais coisas). Então esperaremos esse shipp Fionas/Jona (aquele momento que você percebe que o shipp não muda o nome das personagens e você fica bem confusa).

Bom, é isso aí, espero que vocês tenham gostado, que leiam o livro e assistam o filme. Estou louca pra ver esse mundo nas telonas, e vocês? Podem ficar esperando ansiosamente pelo post sobre o filme, porque vou assistir na estreia (YEAH!) e no mesmo dia já posto pra vocês. Beleza?! Bjo bjo